As bolinhas não são minhas; são de Yayoi Kusama, esquizofrênica, excluída pela mãe e suicida que agora estampa a nova coleção da Luis Vuitton.
Essa japonesa de 93 anos nunca se deu bem com sua mãe, uma mulher de negócios, que jamais aceitou a veia artística da filha, chegando até a agredi-la fisicamente diversas vezes por causa disso.
Ainda criança precisou fugir dessa realidade violenta através de sua arte. Morou em NY e voltou ao Japão onde hoje vive num hospital psiquiátrico que fica perto de uma das suas galerias, já que continua tendo muitas alucinações e precisa de cuidados médicos.
Bert, em sua visão sistêmica, fala que a esquizofrenia acontece quando um membro da família tem de representar, ao mesmo tempo, o assassino e a vítima. É um tema longo que não é o foco aqui.
Mas sim, o que FAZEMOS COM AS LIMITAÇÕES que se apresentam durante nossa vida? Seja dos pais, do chefe, dos companheiros e acima de tudo, de nós mesmas? Esmorecemos ou PINTAMOS pequenas bolas coloridas? Desistimos ou imprimimos no MUNDO uma nova maneira de ser?
Esse mês temos falado sobre o que SÃO as constelações familiares e eu gostaria de resumir hoje assim: É UMA FERRAMENTA disponível para o autoconhecimento. Mas é preciso acreditar em si e ter estamina suficiente para não descer alguns degraus na evolução interna ao primeiro obstáculo.
Portanto, sigamos como Yayoi, pintando bolinhas coloridas na vida, usando nossa PLENA consciência (algo que ela não tem) para o BEM, para o NÃO-JULGAMENTO e para a EMPATIA.
O que achou?