Anton “Suitbert” Hellinger – conhecido por Bert Hellinger nasceu na Alemanha, em Leimen, 16 de Dezembro de 1925 mas morou a maior parte da vida na cidade de Colônia.
Antes de ir para a escola, Bert passou muito tempo com seus avós e isso fez com que ele experimentasse uma vida muito simples, com famílias vizinhas que tinham muitos filhos, as crianças crescendo juntas, como se fossem todos uma família só.
Aos 10 anos foi enviado para estudar num monastério católico.
Aos 17 anos foi enviado para a guerra para ser operador de rádio da infantaria.
Como já é de se esperar, essa experiência foi extremamente profunda para Bert, especialmente em relação à vida e morte. Bert aos 20 anos já tinha vivenciado algo que nós vivenciamos apenas no mais tardar da vida: a morte de nossos amigos e colegas da nossa idade. Isso com certeza foi fundamental para que ele encarasse vida e morte de uma maneira diferente.
Ele conta sobre a experiência da formação das companhias, do grupo de pessoas que ia junto ao campo de batalha. Era normal sermos 80 pessoas e dias depois sermos somente 20, que se reconectavam montando outro grupo e assim por diante. A morte era algo corriqueiro.
A morte se tornou algo natural naquela época, como ele descreve. Os bombardeiros, as mortes, as histórias tristes, as separações eram uma parte natural da vida.
Bert conseguiu fugir do campo de prisioneiros e ao conseguir retornar pra casa, logo ingressou na Ordem e começa seus estudos em teologia e filosofia.
Bert conta que decidiu ser padre aos 5 anos e que nesta idade sua motivação foi algo simples e cheio de fé. Aos 20 anos foi ordenado padre e enviado como missionário católico para a África do Sul, onde atuou como diretor de várias escolas, como o Francis College, em Marianhill. Em 1954, obteve o título de Bacharel de Artes da Universidade
Foi durante este período na Africa que Bert esteve intensamente envolvido com a influência da dinâmica de grupo.
Nos anos 60 Bert decidiu deixar a ordem depois de ter enfrentado alguns questionamentos sobre sua conduta como diretor por parte da ordem religiosa. Como ele diz, por fé, por acreditar tanto em Deus, ele decidiu deixar de ser padre.
Nesse momento Bert fala algo muito bacana em relação a escolhas e novos caminhos: “Sempre que noto que em algum lugar não posso continuar, vou por outro caminho e faço algo novo.”
Tendo retornado à Alemanha, Bert passou a estudar Gestalt-terapia e psicanálise em Vienna; onde conheceu sua primeira escola, Herta; que era psicoterapeuta.
No ínicio dos anos 70 Bert se mudou para a Califórnia e completou várias formações em Terapia Primária, Análise Transacional, Hipnoterapia Ericksoniana e Programação Neurolinguística.
Juntando tanto estudo e conhecimento, finalmente, Bert desenvolveu seu próprio método: Constelação Familiar (Familien-Stellen).
Hoje é conhecida mundialmente e é utilizada em muitas áreas diferentes. Em psicoterapia, consultoria organizacional e empresarial, pedagogia, medicina, justiça, aconselhamento de vida e educação e assistência de vida no sentido mais amplo.
É uma formação para a vida.
Bert Hellinger investigou cada vez mais. Novas descobertas e percepções, obtidas na prática durante seminários, conversas, meditações e muitas outras situações da vida, foram constantemente incorporadas ao seu método. Até que se tornou claro que a “Constelação Familiar original segundo Hellinger” tinha crescido para além deste nível. Em vez de uma técnica rígida que podia ser aprendida e de uma exigência de ajuda, surgiu, por assim dizer, um tipo de postura muito especial. Uma postura de “concordar com o que é – exatamente como é”.
Sophie Hellinger, sua segunda esposa, continua agora seu legado. O aprofundamento de sua atuação nas constelações levaram Sophie a novas observações, percepções e descobertas.
Durante todo esse período de trabalho Bert escreveu mais de 110 livros.
Bert faleceu em 19 de Setembro de 2019 também na Alemanha. E eu quero terminar esse vídeo sobre o Bert com uma declaração que a Sophie fez:
“Nunca podemos equilibrar o que ele nos deu. Mas podemos guardá-lo no nosso coração, levá-lo ao mundo e transmiti-lo a outros. Desta forma, cada um de nós pode tornar-se herdeiro de Bert Hellinger, um Hellingeriano, por assim dizer. Todos podem continuar a estar e permanecer ligados a Bert Hellinger mesmo depois da sua morte.”